Casa do Saulo, no Pará: pratos, cardápio e preços do restaurante
A gastronomia amazônica é certamente uma das melhores do Brasil. Sempre que visitamos o Norte, a comida é um dos pontos fortes da viagem. Um lugar imperdível para conhecer a culinária da região é o famoso restaurante Casa do Saulo, do chef Saulo Jennings, que possui três unidades no Pará.
Duas são bem recentes e ficam em prédios históricos de Belém. A mais antiga fica na beira da praia em Santarém, na região do Baixo Amazonas, acessível também para quem está em Alter do Chão. Neste post, a gente vai explicar:
- As diferenças entre as três unidades da Casa do Saulo;
- Os cardápios e preços de cada uma;
- Quais pratos são imperdíveis;
- Qual unidade é a mais barata.
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Para começar, estas são as principais informações sobre as três unidades do restaurante:
Casa do Saulo Tapajós, em Santarém/Alter do Chão
É a casa mais rústica e aberta, construída na beira do rio, em Santarém, e que tem estrutura para passar o dia, com piscina e espreguiçadeiras. A praia que fica logo abaixo é uma das melhores para banho na região, com águas morninhas e areia branca. A partir de Alter do Chão, pode ser acessada de carro ou de barco.
Essa unidade é a mais barata das três, focada em pratos grandes, para compartilhar, que custam entre R$120 e R$150 e servem de duas a três pessoas, dependendo da fome. O acompanhamento é livre – se acabou, é só pedir mais.
Se você estiver em Santarém, chegue cedo para pegar as melhores mesas com vista para o “mar”, já que são poucas e lotam muito rápido. Se fizer a visita a partir de Alter, saiba que alguns passeios de barco têm parada para almoço lá. Porém, nesse horário a casa está bem cheia. Se você tiver flexibilidade para contratar um barco por conta própria, poderá chegar mais cedo, pegar as melhores mesas e ter mais tempo para curtir a estrutura do local.
A estrutura e as mesas com vista para o mar (na verdade, o rio) na unidade Tapajós, em Santarém
Casa do Saulo das Onze Janelas, em Belém
Até pouco tempo atrás, quem passava pela capital ficava sem poder conhecer um dos principais restaurantes do estado. Mas o Saulo abriu essa segunda unidade há dois anos dentro do palacete histórico Casa das Onze Janelas (que hoje funciona como museu de arte) no centro de Belém. A casa foi construída no século 18 e era moradia de um senhor de engenho.
É a unidade com preço intermediário, focada também em pratos grandes para dividir que custam entre R$120 e R$200 e servem de duas a três pessoas, dependendo da fome. Assim como na Tapajós, o acompanhamento é livre, basta pedir mais quando acabar. Além disso, é a única das três com menu executivo de almoço durante a semana: entrada, prato e sobremesa por R$55.
A área mais charmosa é a interna, de pedra, com luz baixa, mas há mesas externas com vista para o rio Guamá. Se houver pôr do sol, pode ser melhor ficar lá fora.
O charme da área interna e a vista para o rio Guamá na área externa das Onze Janelas
Casa do Saulo Quinta de Pedras, em Belém
A caçula, aberta em 2021 também em Belém, fica dentro do hotel homônimo, em um casarão histórico de pedra que data do século 18. Ele fica em frente ao Mangal das Garças, um dos pontos turísticos mais legais da capital paraense. Não é necessário ser hóspede do hotel para frequentar o restaurante.
É a mais cara das três unidades, focada em porções individuais que custam entre R$50 e R$100. Tem alguns pratos exclusivos, como a carbonara de bacon de pirarucu (R$65) e a galinhada caipira no tucupi preto (R$85).
Uma dica é combinar o almoço nessa unidade com a visita ao parque Mangal das Garças. Sim, o parque tem um restaurante bem famosinho lá dentro, o Manjar das Garças, mas a Casa do Saulo vale muito mais a pena.
Cardápios e preços da Casa do Saulo
Os restaurantes Casa do Saulo estão entre os que mais amamos no Brasil: a comida é de chorar de tão boa, a valorização de ingredientes amazônicos é linda de ver, os ambientes se integram respeitosamente ao entorno (seja ele a natureza, no caso da Tapajós, ou as construções históricas das unidades de Belém) e o preço é justíssimo.
É possível comer muito bem, com drink e entrada, por R$100 por pessoa, mesmo valor praticado em qualquer restaurante de capitais brasileiras, nem sempre deste nível. Os pratos nas três unidades custam a partir de R$55 – preço do prato vegano (pode ser moqueca, banana da terra, arroz com jambu…). Também há um prato Kids na faixa de R$50, nos três restaurantes.
Os cardápios são similares, com poucas variações, mas o preço e a proposta mudam. O carro-chefe é o prato que leva o nome da casa: filé de pirarucu grelhado com molho de castanha do pará, banana da terra e camarão rosa. Custa R$130 na Tapajós, R$150 nas Onze Janelas, ambos para duas pessoas, e R$100 na Quinta das Pedras, prato individual.
Mas nosso favorito é, sem dúvida, o Paraíso Verde: medalhão de peixe com bacon no melaço de tucupi preto e hummus de feijão. Custa R$120 na Tapajós, R$140 nas Onze Janelas, ambos para compartilhar, e R$90 na Quinta das Pedras, porção individual. É uma combinação pouco ortodoxa, mas simplesmente surreal. Um prato cheio de personalidade e equilíbrio de sabores, que serviu nós dois e sobrou. O hummus de feijão da casa é uma das melhores coisas já feitas com feijão no mundo, repetimos mil vezes e pedimos porção extra para acompanhar outros pratos.
O tradicional arroz de pato no tucupi é uma delícia, cremoso, bem dosado na acidez e a versão para compartilhar dá até para 3 pessoas, dependendo da fome. Custa R$140 na Tapajós, R$160 nas Onze Janelas, ambos para duas pessoas (embora sirva mais), e R$90 na Quinta das Pedras, prato individual, em versão um pouco diferente.
Para beber, boa carta de drinks e vinhos, especialmente nas Onze Janelas. A Casa do Saulo é uma ótima oportunidade de mergulhar na cozinha amazônica com as melhores preparações e um ótimo custo/benefício, se levarmos em conta o nível dos restaurantes do chef.
Conheço o Saulo de Alter do chão, simplesmente maravilhoso!
No Rio de Janeiro foi aberto um Saulo no museu do amanhã.
Oi, Cris! Que bacana, não sabia desta unidade do Museu do Amanhã! Brigada pela dica!
Conheço o Saulo no Alter do chão, simplesmente fantástico, maravilhoso..parabéns..