Onde comer em Recife e Olinda: melhores restaurantes
Bolo de rolo, carne de bode, macaxeira, jerimum, cartola… Pernambuco tem uma gastronomia própria, que muitas vezes precisa de tradução. Mas a capital Recife consegue misturar as receitas nordestinas mais tradicionais com o melhor da culinária autoral, e faz isso muito bem. Aqui, nós indicamos onde comer em Recife e Olinda, com os melhores restaurantes nas duas cidades.
Cafés e padarias para começar o dia em Recife, restaurantes para almoçar e jantar e pubs e bares para encerrar a noite, além de dicas gastronômicas imperdíveis da vizinha, Olinda.
Clique nos links abaixo se quiser ir direto para seu tópico de interesse:
- Quanto custa comer em Recife e Olinda e quais são os pratos típicos imperdíveis
- Melhores restaurantes de Recife e o preço de cada um deles
- Cafés e padarias em Recife
- Cerveja artesanal em Recife
- Onde comer em Olinda com vista e quanto custa
Quanto custa comer em Recife e Olinda e quais são os pratos típicos imperdíveis
Recife não é uma cidade cara, no geral. É possível tomar café da manhã em um café ou padaria por até R$20, e almoçar ou jantar em um bom restaurante gastando menos de R$30 no prato principal.
Nos barzinhos, as porções costumam partir de R$20, e é fácil encontrar pubs com hambúrgueres bem baratos, como o Marcolino Tap House e o Mr. Hoppy, sobre os quais contamos mais no tópico de cervejas artesanais.
Das comidas típicas imperdíveis, nas sobremesas não perca o bolo de rolo, rocambole finíssimo de goiabada encontrado em mercados e padarias tradicionais, e o cartola, doce de banana com queijo, açúcar e canela, facilmente oferecido em restaurantes por entre R$10 e R$20. Nos pratos principais, frutos do mar, carne de bode e carne de sol são proteínas imperdíveis, e o purê de macaxeira o acompanhamento clássico.
Para comer carne de bode, em locais como o Bode do Nô a iguaria pode sair por menos de R$30 por pessoa. O Reteteu Comida Honesta também traz receitas típicas nessa faixa de preço, durante a semana.
Em Olinda, embora valha a pena conhecer alguns dos bons restaurantes que indicamos abaixo, é possível comer muito bem por R$20 a R$30 por pessoa nos restaurantes menos famosos. Nos mais conceituados como o Beijupirá ou o Oficina do Sabor, um prato individual parte, no geral, de cerca de R$60.
Nossos lugares favoritos para comer e beber em Recife são:
– O Cais Rooftop, por combinar comida incrível, os melhores drinks e uma vista inacreditável durante o dia;
– O Reteteu Comida Honesta, para almoçar receitas tradicionais gostosas na faixa dos R$30;
– O Bode do Nô, para provar chapas de carne de bode e ótimas caipirinhas;
– O Altar, Cozinha Ancestral, pelas receitas de pegada africana;
– O Galo Padeiro e o Borsoi Café, para uma sobremesa bem recheada;
– O Marcolino Tap House para cervejas artesanais locais em ambiente descolado;
– O Patuá, a Oficina do Sabor e o Beijupirá para se deliciar no passeio por Olinda.
Melhores restaurantes de Recife e o preço de cada um deles
O nosso lugar favorito para almoçar, especialmente durante a semana, é o Cais Rooftop, no terraço do centro cultural Cais do Sertão, no centro histórico. Normalmente, não somos de frequentar lounges (essa pegada de música ao vivo, DJ e coisa e tal) porque não tem muito a ver com a gente. Mas o Cais Rooftop só é assim à noite: no almoço, o local é vazio, silencioso e tranquilíssimo, com uma incrível vista do mar e da obra Marco Zero de Francisco Brennand, no Parque das Esculturas.
Há um ambiente fechado com ar-condicionado, mas também mesas do lado de fora, na sombra, e uma área externa muito agradável. O preço é honesto pela qualidade, o atendimento é impecável (atencioso e cuidadoso com a pandemia, com talheres embalados, distanciamento e saquinhos individuais pra guardar as máscaras) e os drinks, com ingredientes bem nordestinos, estão entre os melhores que você vai tomar na vida.
Prove o Oxente (Tanqueray London Dry, mel de cajá, monin manga e sumo de limão, R$24) ou o Pernambucano (cachaça orgânica, limão, coentro e caju, R$22). Para beliscar, não perca o Iracema (R$37), bolinhas de queijo de cabra sensacionais, maçaricadas sobre geleia de uvas negras. De segunda a sexta, o almoço traz opções de pratos bem servidos por a partir de R$30.
Para adoçar, escolha o mil folhas de bolo de rolo com creme de queijo do reino e sorvete de paçoca (R$28).
A vista inacreditável do Cais Rooftop e um dos drinks com caju da casa
Mais fora de mão está o Reteteu Comida Honesta, que é uma ótima opção para comer bem e barato. Durante a semana, há sempre um prato executivo muito bem feito por R$29 e uma opção vegana/vegetariana (como baião cremoso ou moqueca) na mesma faixa de preço. O cardápio varia, mas, na listinha de entradas, preste atenção na coxinha de costela com massa de macaxeira (R$13), nos pastéis de caranguejo com ovo cozido, picles de pepino e molho de pimenta cumari (R$26, porção com 8). E, se a forme for muita, na farta tábua sertaneja, com linguiça de bode, pastel de queijo de cabra, geleia de umbu e cesta de pães artesanais (R$39).
Os pratos são muito bem servidos e, pedindo uma entrada, dá até para dividir o prato principal individual com outra pessoa, sem medo. É o caso da carne de sol acebolada na manteiga de garrafa com purê de macaxeira e queijo coalho, arroz e mexidão de feijão verde (R$45) e do cupim cozido a baixa temperatura com molho escuro de mel de engenho, macaxeira frita, farofa e arroz (R$49).
Na sobremesa, é difícil resistir ao “bolo de chocolate denso e tépido” com sorvete caseiro de doce de leite (R$19). Para beber, há opções de drinks (R$18), vinhos e a cerveja da casa, uma lager produzida pela cervejaria artesanal recifense Ekäut para o restaurante (R$14).
Outro lugar com bom custo benefício é o Bode do Nô, mas o ambiente já é o contrário: sai o bistrozinho e entra aquele clima de churrascaria, mesas gigantes, área externa, barulho e fila na porta. Definitivamente não é um lugar para um encontro romântico, mas vale demais para comer comida regional.
O cardápio é enorme, com opções pra todos os tipos de paladar: pizzas salgadas e doces (na faixa dos R$40), cuscuz recheado (na faixa de R$20), porções diversas (como pastéis de camarão ou de bode, espetinhos, bolinhos de feijoada, pão de alho, cebola recheada e tábuas de frios), frutos do mar (pratos de peixe, camarão e moquecas por a partir de R$100) e, claro, as chapas com carne de bode.
O custo/benefício é muito bom, visto o tamanho dos pratos. A meia porção das chapas serve duas pessoas com fartura e, dependendo da fome ou se for complementado com alguma entradinha ou porção, pode até servir três. É o caso da meia porção da costela de bode (R$55) ou de contrafilé (R$77), que vem na chapa com queijo coalho, cebolas, feijão, arroz, macaxeira frita, vinagrete e farofa da casa. As chapas também são reproduzidas com carne bovina, além de outros pratos regionais como carne de sol na nata e baião de dois, na mesma faixa de preço. Para beber, vá nas caipifrutas deliciosas da casa (R$18,50), como a de morango, maracujá e limão ou a de umbu-cajá.
As caipirinhas e o bode na chapa do Bode do Nô, cujas meias porções servem duas pessoas
No Santo Amaro, o descolado Vapor Cozinha Afetiva parece aquelas casinhas antigas de vó, com jardim, paredes descascadas e móveis antigos, tipo aquelas mesinhas com cadeira para atender telefone. Os pratos, muitos com ingredientes da horta, são bem apresentados e apetitosos, e mudam constantemente.
É um ótimo lugar para veganos e vegetarianos em Recife, já que boa parte das receitas não leva carne – são bons exemplos os sanduíches (na faixa dos R$25) de tempurá de cogumelos frescos, rúcula, pasta de cebola caramelizada e carpaccio de abacate e a coxinha com massa de banana, carne de jaca, cheddar de milho e maionese de wasabi (R$14).
Já o Altar, Cozinha Ancestral traz comida nordestina com muita afrodescendência. Receitas bem temperadas como o ceviche de banana da terra com leite de tigre afro e amendoim (R$28), o quinteto de acarajés com vatapá e camarões secos (R$31) e a tábua de frutos do mar, vegetais e ervas quilombolas na manteiga de garrafa (R$72) são algumas das opções de entrada. Entre os principais, destacam-se as moquecas (a partir de R$40 por pessoa) e receitas bem executadas como o peixe no molho de moqueca, bolinho de feijão, acaçá recheado de queijo coalho e banana com camarões (R$40) e o arroz de coco com charque e camarões ao molho africano (R$35). Há sempre um menu do dia (R$33), com entrada, prato e sobremesa.
São indicações de moradores locais o Caldinho do Nenen, no Pina, um boteco sem frescura especializado em frutos do mar, com promoções bem convidativas durante a semana; e o tradicional Restaurante Tio Pepe, na Boa Viagem, especializado em comida regional, com frutos do mar, carnes e porções para compartilhar.
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Onde comer em Recife: cafés e padarias
A Galo Padeiro, no Santo Amaro, e o Borsoi Café, no Pina, são talvez os endereços mais famosinhos para um café da manhã ou de fim de tarde em Recife. O Galo Padeiro tem uma vitrine difícil de ignorar cheia de pães, bolos, doces delicados como mil folhas (R$16), madeleines (a partir de R$8), a deliciosa torta de Santiago (bolinho espanhol feito com gemas, nozes e raspas de limão, R$8,50) e gigantes croissants recheados (R$18). Também é uma opção para lanches mais fortes, já que oferece sanduíches a partir de R$14, tapiocas a partir de R$9 e pratos de brunch com linguiça, salmão, camarões… (a partir de R$30).
Os croissants recheados do Galo Padeiro e o cheesecake de doce de leite e amêndoas do Borsoi Café
Do ladinho do Galo Padeiro fica o Café do Brejo, bem menos mainstream e focado na produção rural de café e no ensino de torrefação. Combinar um café com uma queijadinha da casa é programa obrigatório para amantes da bebida.
Já o Borsoi tem opções de café da manhã por a partir de R$8, caso da porção de pães de queijo – há também omeletes, quiches, toasts (R$14) e croissants recheados (R$16). No almoço, sempre há opções de massas e um prato do dia entre R$25 e R$30. Há tapiocas e sanduíches por a partir de R$13 – destaca-se o croque monsieur com blend de queijos, presunto de parma e molho bechamel (R$23). Além dos lanches, a casa é forte nos cafés (a partir de R$6) e nas sobremesas: aposte no pudim de doce de leite (R$10,50) ou no cheesecake com base de biscoito Oreo (R$16,50) nas versões frutas vermelhas e doce de leite com amêndoas.
Para veganos e vegetarianos, o Motche Restô é a melhor opção para tomar um café da manhã e levar pães e bolos para casa. Tem muitos lanches sem carne (como a tartine de ovos caipira, pesto e parmesão, R$22) e muitas receitas veganas – tartine (R$22), croissant (R$9), omelete (R$20), cookie (R$9), panqueca (R$19) e um bolo de banana com ganache de chocolate (R$13) de lamber os dedos, tudo sem nenhum ingrediente de origem animal.
Não vá esperando encontrar receitas tradicionais nordestinas, como o bolo de rolo, nesses endereços moderninhos. Para isso, é melhor procurar lugares mais clássicos de bairro, feiras e mercados.
Uma sugestão de padaria tradicional, com bolo de rolo de fabricação própria, é a Diplomata Delicatessen, em vários endereços – ela é menos café e mais minimercado, para comprar quitutes feitos na casa ou fazer uma refeição rápida.
Onde beber cerveja artesanal em Recife
Vários bares de cerveja artesanal fecharam nos últimos tempos, caso da Cervejaria Patt Lou e da Cervejaria Laborada – embora esta ainda aponte no Google como aberta, encerrou as atividades no fim de 2019.
Nossa cerveja recifense favorita é a Ekäut, que não é difícil de encontrar nos bares. Eles não tem bar próprio na capital, mas a fábrica pode ser visitada. O mesmo acontece com a DeBron Bier, um pouco mais popular, e com a Duvalia. Nesses passeios, pode-se fazer degustação e até terminar a visita no bar da fábrica, mas estes costumam ser pequenos, basicamente para atender os visitantes do tour, e geralmente fecham cedo, junto com a produção.
Dos pubs para curtir a noite de Recife, indicamos o Marcolino Tap House e o Mr. Hoppy – mas vale saber que é comum que eles tenham música ao vivo.
O pátio da Marcolino Tap House é bem convidativo, com mesinhas descontraídas e luzinhas charmosas penduradas ao redor da casa de madeira. Servem porções a partir de R$10 (como fritas, onion rings e carne de sol) e burgers a partir de R$16, com opção veggie. Os chopes são de cervejarias pernambucanas como a Navegantes e a Debron, sempre na faixa dos R$10 a R$15 (300ml).
Há também algumas unidades da franquia curitibana Mr. Hoppy, nos bairros Graças e Boa Viagem. O Mr. Hoppy é um pub animado com garantia de boas cervejas artesanais locais a preços justos, promoções frequentes e combos e lanches simples, mas honestos, por menos de R$20. Com três unidades (Madalena, Boa Viagem, do ladinho do Mr. Hoppy, e Casa Forte), o BeerDock anuncia diariamente quais cervejas locais estarão engatadas nas torneiras através do seu site. Além da música ao vivo, o BeerDock também costuma passar jogos de futebol.
Outra opção é o Entre Amigos, em Boa Viagem e Espinheiro, que tem o mesmo ambiente grandão do Bode do Nô. Serve bons petiscos na faixa dos R$20 a R$30 (como as linguiças de bode e os pastéis de camarão), tem todas as cervejas artesanais da DeBron em chope.
Linguiça de bode do Entre Amigos e a sobremesa cartola, que leva banana e queijo coalho
Restaurantes em Olinda: onde comer
Para quem visita Olinda em um bate-volta a partir de Recife, vale ao menos almoçar por lá. A Oficina do Sabor sai na frente na indicação pela vista na área externa, com muito verde e o skyline de edifícios de Recife ao longe. Também tem a vantagem de funcionar de terça a domingo, enquanto outros restaurantes de Olinda abrem mais perto do fim de semana, quando a cidade tem mais demanda.
A gastronomia da Oficina do Sabor é muito gostosa e farta – os pratos servem duas pessoas ou mais, com um bom custo/benefício. As entradas para compartilhar partem de R$40 e são focadas em frutos do mar e receitas nordestinas com queijo coalho e carne de sol. As especialidades da casa são as várias versões de jerimum (abóbora) recheado, finalizado com requeijão e acompanhado de arroz, também para compartilhar, por a partir de R$80.
Nessa faixa de preço estão os recheados de frango e de legumes. São interessantes as receitas ao molho de manga (caso da lagosta, R$200, e do MaraManga, R$170, com camarão e peixe ao molho de manga e maracujá, servido com arroz de castanhas); e as feitas ao molho de coco, como a de charque (R$98) e a de bacalhau (R$122). Também servem duas pessoas os pratos mais tradicionais de aves (a partir de R$70), carnes (a partir de R$120) e peixes (a partir de R$140).
Já o Beijupirá é o restaurante mais famoso de Olinda, com casas também em outros locais badalados como Porto de Galinhas e Praia dos Carneiros. É a escolha certa para uma experiência de mais alto nível.
De entrada, vale a porção de pastéis mistos (tem de aratu, charque, camarão e frango) com molho de caju (R$36). Dos peixes grelhados na chapa, rolam boas combinações com castanha de caju, molho de pitanga, banana ao mel de curry… (R$65 cada). Saem misturas ousadas também com os camarões (na faixa de R$80), caso da versão com gorgonzola, arroz de goiaba e bacon, enquanto os pratos de carne vermelha (na faixa de R$60) seguem receitas mais ortodoxas, como picadinho ao vinho e escalopes com aligot de queijo coalho. Há opção de moqueca de vegetais e bolinhos de soja com molho de pitanga, ambos veganos (R$47 cada).
Em Olinda, a vista do famosinho Beijupirá e a fachada colorida do Patuá
Mais tímido e aconchegante, o Patuá também tem vista na varandinha e serve boas porções de frutos do mar. As moquecas e caldeiradas bem temperadas custam a partir de R$140 e servem três pessoas. Pratos individuais a partir dos R$40, com boas opções vegetarianas (como os legumes ao creme de shitake com feijão verde e purê de macaxeira, R$36). Entre as com carne, se destacam o Salmão Thai com catupiry, farofa de castanha de caju e gergelim, servido com legumes e arroz (R$53) e o baião de dois de frutos do mar ao leite de coco natural (R$68).
Esses três locais ficam “nas entranhas” de Olinda, subindo e descendo as ladeiras. Para um local mais conveniente, ao lado da Catedral da Sé e do centrinho comercial, no alto de Olinda, uma opção é o Mirante Bar e Restaurante, com área externa, um pouco de vista e pratos individuais simples que partem de R$20, dependendo da promoção do dia. Por ficar em uma posição estratégica, pode haver aglomeração no local, o que não é indicado durante a pandemia.
Todos os estabelecimentos foram visitados durante a pandemia do coronavírus covid-19 e foram observados o cumprimento das regras sanitárias, de contenção da pandemia. Preços e informações atualizados em dezembro de 2020. Cardápios e preços podem ser alterados a qualquer momento, sem aviso prévio.